Author Archives: André Viana

Mudança de endereço no blog!

Como diz o jargão popular “mudar é preciso”, sempre foi.

É o que fez a humanidade progredir e desenvolver suas relações internacionais. Provoca o fluxo de ir e vir de pessoas, o turismo e a educação. Amplia a cultura local, ao se apropriar de influências da cultura global para re-criar sua própria história.

A partir de 01/04/2011 estou migrando o conteúdo deste site para outro endereço, uma nova proposta…  GLOBALIZAR !

Acesse

http://globalizar.wordpress.com

 

Abraços,

André Viana


Governo adotará barreiras técnicas para industrializados importados

Cada setor da indústria elaborará uma lista de produtos que apresentam má qualidade ou preços muito abaixo do valor de mercado

Para proteger a indústria nacional o governo exigirá dos produtos industriais importados o cumprimento dos mesmos padrões de qualidade técnica para ingressar no mercado doméstico. A medida foi discutida em reunião, no dia 23, entre o Grupo de Avanço da Competitividade (GAC), composto por empresários de diversos setores da economia, e o ministro da Fazenda, Guido Mantega. Na data, o ministro informou que o procedimento de controle dos produtos importados deverá estar pronto em duas semanas.

Ficou acertado que cada setor da indústria elaborará uma lista de produtos que apresentam má qualidade ou preços muito abaixo do valor de mercado. Esses industrializados entram no país e competem com produtos similares nacionais. Para o setor, essa é uma medida que outras nações já fazem com os produtos brasileiros.

O órgão responsável pela verificação será o Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial (Inmetro). O Inmetro será autorizado a fiscalizar e cobrar especificações técnicas de produtos importados antes mesmo da entrada no país. Hoje, a fiscalização só é feita no varejo e nas fábricas instaladas em território nacional. Nos próximos dias será divulgada a lista com artigos que só entrarão no país após rigoroso processo de certificação.

Os empresários disseram estar havendo uma desindustrialização no país, por causa de importações predatórias. A exemplo, a Associação Brasileira da Indústria Têxtil (Abit) informou que as importações da China aumentaram 56% em fevereiro, em relação ao mesmo período de 2010. Já a Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq), divulgou que as importações de bens de capital da China cresceram nada menos que 70% nos dois primeiros meses deste ano, em comparação com o mesmo período de 2010.

Aumenta número de importadoras
No primeiro bimestre de 2011, foram abertas 2.746 empresas importadoras. No mesmo período, apenas 82 passaram a exportar. As razões para o desequilíbrio são o dólar baixo, concorrência chinesa em terceiros mercados e a redução das compras americanas. O economista da consultoria Tendências, Bruno Laviere, disse em entrevista para o jornal O Globo que, mesmo com todos os problemas, o setor exportador reage e os bons preços das commodities são fatores importantes.

Nova Política de Desenvolvimento Produtivo (PDP2)
Um conselho empresarial, formado por empresários de diversos setores da economia, encaminhará ao ministro do Desenvolvimento, Fernando Pimentel, até o começo de abril, subsídios para a elaboração da nova Política de Desenvolvimento Produtivo, batizada pela sigla PDP2. O documento lista 94 obstáculos que ameaçam a competitividade da indústria brasileira, que estão sendo debatidos desde janeiro. A partir do encaminhamento das propostas, o conselho empresarial espera manter um canal permanente de negociação com os secretários do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), responsáveis pela elaboração da PDP2. A nova política industrial do país só deve ser divulgada no fim do semestre.

(Com informações dos jornais Correio Braziliense, DCI, O Globo e Valor Econômico)

Fonte: http://www.markethings.com.br/dhl/2011/news/ed23/destaque.html


Google desafia Facebook e entra de vez na busca social

e a briga pelo espaço ilimitado das redes sociais continua…

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Por Redação do IDG Now!
Publicada em 30 de março de 2011 às 15h37
Atualizada em 30 de março de 2011 às 17h53

Ainda em fase experimental, o recurso tem tudo para ser um grande passo da gigante das buscas no mundo das redes sociais

A Google acaba de anunciar em seu site Labs, área de experimentos da empresa, o recurso +1. Cada vez que um resultado de busca agradar ao internauta, ele poderá marcar o link da SERP (página de resultados de busca) clicando no símbolo exibido ao lado da URL sugerida.

Com base na lista de contatos de Gmail do usuário, tal marcação poderá influenciar a exibição desse resultado nas buscas realizadas por pessoas que façam parta da relação de contatos do internauta. Segundo a Google, as recomendações +1 também vão aparecer nos anúncios pagos mostrados ao lado dos resultados de buscas. Em testes internos, o Google descobriu que incluir as recomendações aumenta o número de pessoas que clicam em anúncios, disseram executivos da empresa à Reuters.

Para habilitar essa função, as buscas devem ser realizadas usando o Google.com e o usuário tem de estar “logado “em sua conta Google. Para maioria dos usuários, o profile do Google está diretamente relacionado à conta do Gmail. Mas é possível ter um Profile Google com outro e-mail.

Uma vez logado na conta Google, visite o site Google Labs e clique em “Join This Experiment”.

Pronto, agora, cada que que for realizar uma busca no Google.com, essa opção estará habilitada.

A medida tem um ar de “tapa de luva” no Facebook, pois com o uso do Gmail mais difundido que a rede da rival, a Google consegue entrar no Facebook sem sua autorização.

Chamada de busca social, esse tipo de avaliação de links por parte de usuários não é nada novo. Outros mecanismos de busca já usam esse recurso, como o Blekko.

Em futuro próximo, segundo a Google, o usuário será capaz de ver a sua própria página “+1” em uma nova aba no seu perfil do Google. E poderá compartilhar essa página com seus contatos. Nas próximas semanas, o botão +1 deverá aparecer em outros produtos da Google e sites em toda a web.

Mais informações sobre o funcionamento da busca social do Google estão disponíveis em http://www.google.com/+1/button.

Fonte: http://idgnow.uol.com.br/internet/2011/03/30/google-desafia-facebook-e-entra-de-vez-na-busca-social/


TIRIRICA VIROU JOGO NO FACEBOOK?!

Eh isto mesmo! A popularidade do deputado federal Francisco Everardo Oliveira Silva – mais conhecido como Tiririca – está ainda melhor. Agora, com a criação independente de um jogo para o Facebook, chamado “O jogo do Tiririca”, ainda com certeza ouviremos falar mais dele…
Relação com o Comex ? Não vejo nehuma diretamente, a não ser o fato que ele nos representa enquanto político, “só” isso…

Confira.

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29/03/2011 16h00 – Atualizado em 29/03/2011 17h54
Deputado federal Tiririca vira herói em game para o Facebook

Jogo foi criado pela desenvolvedora brasileira Iterum Game Studio, do RJ.
Herói enfrenta políticos zumbis, tucanos e estrelas vermelhas.
Do G1, em São Paulo

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Deputado Tiririca vira herói em game brasileiro
(Foto: Divulgação)A trajetória do palhaço Tiririca, da cidade de Itapipoca até se tornar deputado federal em Brasília, virou tema de um game na rede social Facebook. O “Jogo do Tiririca” coloca Francisco Everardo Oliveira Silva como herói e foi feito pela desenvolvedora Iterum Game Studio. O grande objetivo do jogo é fazer o deputado “escrever seu próprio nome”

“O jogo é totalmente independente. Não falamos com o Tiririca e não estamos fazendo nenhuma crítica sobre ele. Não buscamos isso no jogo”, conta Leonardo Maia, 24 anos, um dos sócios da Iterum. “Levamos duas semanas para criar o game e o colocamos no ar na segunda-feira (28) à noite”.

O jogo foi feito em parceria com a Inquietos, que irá lançar um canal no Facebook que falará de política e humor chamado Política para Iniciantes.

Ao lado dos colegas Mario Azevedo, Leonardo Batista e Leonardo Dutra, todos da empresa carioca que faz parte de uma incubadora, a Experimental ADVenture, Maia conta que o objetivo é “fazer algo engraçado”. “O Tiririca é o herói e o jogador precisa ajudá-lo a entrar no Senado e enfrentar políticos zumbis que o atrapalham no caminho”, conta ao G1.

O game exige comandos simples como das setas do teclado para fazer o personagem andar e pular. Ao pegar as letras do nome do deputado, o game muda de fase e, ao pular em cima dos deputados zumbis, eles são eliminados. Ainda, Tiririca enfrenta tucanos e estrelas vermelhas.

O game está disponível no Facebook e é gratuito.

Fonte: http://g1.globo.com/tecnologia/noticia/2011/03/deputado-federal-tiririca-vira-heroi-em-game-para-o-facebook.html


O que precisamos para melhorar o comércio exterior brasileiro?

Pessoal,
ao refletir sobre uma certa “estagnação”, do comércio exterior neste primeiro trimestre, acho que vale comentarmos sobre as ações que nós, enquanto participantes deste comércio exterior brasileiros acreditamos como positivas para a melhoria das relações comerciais.

Participe até 03/04/2011!


Trainees

Olá,
já que conversamos tanto sobre internacionalização de empresas, da importância de vivenciar as culturas internacionais, achei que também valeria aproveitar esta canal de comunicação, para divulgar vagas para trainees de algumas empresas brasileiras. Muitas vezes, estas são oportunidades para iniciar uma boa carreira profissional, sendo que muitas destas vagas, também prestigiam profissionais com alguma relação com o comércio exterior.
Leia as instruções, analise a empresa e seu perfil, e boa sorte!

Confira:

Oportunidades | 25/03/2011 06:00
9 empresas com inscrições abertas para trainees

Universitários devem ficar atentos aos prazos das seleções para companhias como Natura, Basf, Procter & Gamble, Renault, entre outras
Silvia Zamboni

Empresas como a Natura promovem seleção de trainee com inscrições até os próximos dias

São Paulo – Estudantes universitários recém-formados ou que estão próximos da graduação devem ficar atentos aos programas de trainees de grandes empresas. Estão programadas seleções para o primeiro semestre em diversas companhias, veja 9 oportunidades:

Natura
A empresa de cosméticos oferece 35 oportunidades para jovens profissionais formados de julho de 2008 até julho de 2011. Entre os aprovados, 11 irão trabalhar nas operações da Natura na Colômbia, Peru, México e Argentina. Os candidatos precisam ter nível avançado de inglês e espanhol. As inscrições tiveram o prazo prorrogado.
Salário: 3.888 reais (para as unidades no Brasil)
Processo de seleção: exames online e entrevistas presenciais
Inscrições: pelo site da Natura até o dia 11 de abril
PricewaterhouseCoopers
Ao todo, são 550 oportunidades para estudantes universitários, com graduação entre 2009 e 2013. Os selecionados vão trabalhar nas áreas de auditoria contábil, consultoria empresarial e consultoria tributária. Há vagas em diversas cidades do Brasil.
Salário: até 2 mil reais
Processo de seleção: testes online, dinâmica de grupo e entrevista presenciais.
Inscrições: pelo site da PwC até 31 de março

Boticário
São oferecidas 23 oportunidades para profissionais formados entre dezembro de 2008 e julho/2011, com vagas em Curitiba, São Paulo e respectivas regiões metropolitanas. Os selecionados irão trabalhar nas áreas de marketing e vendas, transformação e desenvolvimento organizacional, financeira, novos negócios e pesquisa e inovação, entre outras.
Salário: não divulgado
Processo de seleção: exames online e entrevistas presenciais
Inscrições: pelo site da empresa até o dia 11 de abril

Cargill
A empresa está com 70 oportunidades em aberto para estudantes do último ou penúltimo ano da graduação em Engenharia Agronômica, Engenharia Química, Engenharia Mecânica, Engenharia de Alimentos, Engenharia da Computação, Engenharia de Produção, Administração, Comércio Exterior, Ciências Contábeis, Ciências da Computação, Análise de Sistemas, Economia ou Zootecnia.
Salário: a empresa não divulga
Processo de seleção: dinâmicas e entrevistas com gestores da companhia
Inscrições: pelo site da Cargill até 16 de abril

Deloitte
A empresa de consultoria planeja contratar 600 universitários recém-formados para trabalhar nas cidades de Belo Horizonte (MG), Campinas (SP), Curitiba (PR), Fortaleza (CE), Joinville (SC), Porto Alegre (RS), Recife (PE), Rio de Janeiro (RJ), Salvador (BA) e São Paulo (SP). Os selecionados poderão trabalhar nas áreas: consultoria tributária, auditoria, gestão de riscos emrpesariais, finanças corporativas, entre outras.
Salário: não divulgação
Processo de seleção: testes online, dinâmicas de grupo e entrevistas
Inscrições: pelo site da Deloitte até o dia 15 de abril

Arezzo
A fabricante de calçados procura recém-formados em São Paulo e região metropolitana e em Campo Bom-RS. Os trainees poderão trabalhar nas áreas de expansão, marketing, relação com investidores, jurídico, pesquisa e desenvolvimento, finanças e TI.
Salário: não divulgado
Processo de seleção: dinâmicas em grupo, avaliação de inglês, entrevistas presenciais
Inscrições: pelo site do programa de trainee até 30 de maio

Renault
A montadora francesa busca profissionais recém-formadospara trabalhar nas áreas de engenharia, recursos humanos, comercial, compras e produção, entre outras. O programa pretende formar os trainees para assumir cargos de liderança nos setores técnicos e de gestão da companhia.
Salário: só é divulgada durante a seleção
Processo de seleção: avaliações online e entrevistas presenciais
Inscrições: pelo site do programa de trainee até 22 de abril

Basf
A empresa química seleciona engenheiros formados entre dezembro de 2008 e junho de 2011 nos cursos de engenharias: bioquímica, controle eautomação, eletrônica, eletrotécnica, eletroeletrônica, elétrica, industrial, materiais, mecatrônica, mecânica, petróleo, petroquímica, processos, produção industrial, química e química Industrial. As vagas estão localizadas no estado de São Paulo.
Salário: não divulgado
Processo de seleção: avaliações online e entrevistas presenciais
Inscrições: pelo site do programa de trainee até 31 de março

Procter & Gamble
A Procter & Gamble está selecionando 30 universitários de oito países para participar do Latin America Financial Seminar (LAFS) que acontece no Panamá. Durante cinco dias, os selecionados desenvolverão soluções para casos reais relacionados aos negócios da empresa empresa.
Aqueles que apresentarem as melhores propostas começam a trabalhar na Procter & Gamble a partir de junho de 2011 nas vagas de gerência no Panamá ou como estagiários em São Paulo. Para participar do processo de seleção para os cargos de gerência, é preciso ter concluído a graduação entre julho de 2010 e julho de 2011. Além de ter domínio da língua inglesa.
Inscrições: Pelo site da Procter & Gamble até 1º de abril

Fonte: http://exame.abril.com.br/carreira/noticias/9-empresas-com-inscricoes-abertas-para-trainees?page=2&slug_name=9-empresas-com-inscricoes-abertas-para-trainees


Logística: um canal de ligação ferroviária entre o Atlântico e o Pacífico

Quando falamos em transporte marítimo, em algum momento vamos esbarrar no Canal do Panamá, que foi construído pela ação humana, localizado no istmo do Panamá, na América Central, o Canal do Panamá foi construído entre 1908 e 1914 para ligar os oceanos Atlântico e Pacífico. Uma obra e tanto…(para saber mais: http://educacao.uol.com.br/geografia/canal-panama.jhtm)

Mas chamo a atenção para um novo canal que está sendo contruído, A construção do “canal seco”, como está sendo chamada a ferrovia, envolve enormes desafios logísticos. Serão 220 quilômetros de trilhos assentados por todo tipo de terreno na região de Darién, na fronteira entre a Colômbia e o Panamá, é uma vastidão de áreas pantanosas e florestas densas. Uma obra grandiosa, será bem aproveitada? Confira:
: O
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Aventura
A epopeia de um segundo canal
O anúncio da construção de uma ligação ferroviária entre o Atlântico e o Pacífico evoca as obras épicas que desafiam a engenharia e sacrificam vidas
Ricardo Westin

COMO ANIMAIS
Só duas obras modernas superaram em número de mortos a do Canal do Panamá: o Canal Báltico, construído pelos soviéticos na década de 30 (à esq.), e a ferrovia da Birmânia, pelos japoneses, na II Guerra, ambos feitos com trabalho escravo
(Fotos Divulgação e Topfoto/Grupo Keystone)
A região de Darién, na fronteira entre a Colômbia e o Panamá, é uma vastidão de áreas pantanosas e florestas densas. Ali é o único ponto em que se interrompe o sistema de estradas conhecido como Rodovia Pan-americana, que permite viajar dos Estados Unidos até a Terra do Fogo. Construir estradas, numa paisagem como aquela, tem custos elevadíssimos. Darién atrai visitantes adeptos do turismo radical, mas eles são advertidos de que a viagem pode ser perigosa, já que a região serve de abrigo para os narcoguerrilheiros das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia, as Farc. Vários turistas já foram sequestrados pelos terroristas que compõem seus quadros. Com todas essas adversidades, a região de Darién está prestes a servir de cenário para uma aventura extraordinária, uma obra de engenharia com todas as características para se tornar épica. A área foi escolhida para abrigar uma ferrovia que ligará o Atlântico ao Pacífico e servirá de alternativa ao Canal do Panamá.

A construção do “canal seco”, como está sendo chamada a ferrovia, envolve enormes desafios logísticos. Serão 220 quilômetros de trilhos assentados por todo tipo de terreno. Embora seu traçado ainda não esteja plenamente definido, é certo que serpenteará por um grande número de pontes sobre rios e túneis sob montanhas. Uma das maiores dificuldades será transpor o Rio Atrato, que chega a ter 500 metros de largura e corre por uma planície que se inunda nos períodos chuvosos. Em virtude da abundância de obstáculos que serão enfrentados, cada quilômetro da estrada de ferro custará 34,5 milhões de dólares. Para efeito de comparação, o custo médio do quilômetro de ferrovia no Brasil é de 1,8 milhão de dólares. A obra será financiada e administrada pela China em território colombiano. Em troca do direito de explorar a rota, os chineses executarão a obra e pagarão a conta de 7,6 bilhões de dólares. O valor inclui, além da estrada de ferro, a construção de um porto no Atlântico e outro no Pacífico. À Colômbia interessa uma via direta para escoar seu carvão para o voraz mercado chinês. A China será favorecida com uma entrada exclusiva para seus produtos industrializados nas Américas.

O projeto do canal seco ligando os oceanos lembra o enorme desafio que foi a construção do próprio Canal do Panamá, que se arrastou por 33 anos. As obras foram iniciadas em 1881 e interrompidas em 1889 porque a empresa francesa responsável pela tarefa foi à falência. Em 1904, com mais dinheiro e tecnologia, os americanos se incumbiram de terminar o canal e tiveram concessão para operá-lo até 2000, quando foi entregue aos panamenhos. Obras monumentais costumam cobrar parte de seu preço em vidas. A construção do Canal do Panamá matou um impressionante contingente de 27 500 pessoas, a maioria delas de febre amarela e malária. Naquele tempo, ignorava-se que essas doenças são transmitidas por mosquitos.

Sem contar os grandes projetos da Antiguidade, como a Grande Muralha da China e as pirâmides, só duas obras célebres mataram mais que o Canal do Panamá. A ferrovia da Birmânia, também conhecida como Ferrovia da Morte, construída pelos japoneses durante a II Guerra, ligando a Tailândia ao atual Mianmar, ceifou a vida de 105 000 operários. O Canal Báltico, construído pelos soviéticos na década de 30 e que se estende por 227 quilômetros, matou 100 000 operários. Ressalve-se que tanto a ferrovia da Birmânia quanto o Canal Báltico foram construídos com trabalho escravo de prisioneiros, tratados como animais. Os operários que trabalharam no Canal do Panamá não eram escravos, mas as dificuldades que enfrentavam eram de tal monta que sua vida se transformava num inferno. Os engenheiros não sabiam lidar com o clima úmido e as temperaturas próximas dos 30 graus da América Central. Os temporais e as cheias dos rios anulavam os avanços nos trabalhos, e muitas vezes, em trechos inteiros, era preciso voltar à estaca zero. O volume de terra removida para dar espaço ao canal foi quatro vezes o inicialmente previsto. Pretendia-se construir o canal no nível do mar, sem eclusas que compensassem os desníveis de relevo ao longo dos 80 quilômetros entre os dois oceanos. Isso tornava o projeto ainda mais complexo. Foi uma das obras de engenharia mais ousadas da história. A construção da ferrovia também exigirá muita determinação para superar as dificuldades impostas pela região de Darién.

Quando o engenheiro francês Ferdinand de Lesseps idealizou o Canal do Panamá e conduziu a primeira parte das obras, já era mundialmente famoso. Havia construído, entre 1859 e 1869, o Canal de Suez, a hidrovia em território egípcio que liga o Mediterrâneo ao Mar Vermelho. Antes de se aventurar no mundo da engenharia, Lesseps foi diplomata de carreira. Serviu à França em países da Europa e do norte da África. Foi como cônsul no Cairo e em Alexandria, nos anos 1830, que conheceu as autoridades egípcias que anos mais tarde lhe permitiriam conduzir as obras de Suez. Em 1879, o Congresso Internacional das Ciências Geográficas em Paris votou a favor da construção de um canal no Panamá. Lesseps, então com 74 anos, abriu uma empresa, arrecadou fundos privados e pôs o projeto em prática. Descrito como teimoso e autoritário, ele decidiu que, assim como havia sido em Suez, as obras no Panamá seriam feitas no nível do mar, sem eclusas. Foi seu maior erro (os americanos, que concluíram a obra, a completaram com eclusas). Em 1889, a companhia faliu, deixando o canal inacabado. Na França, Lesseps foi julgado sob a acusação de ter subornado políticos em troca de socorro financeiro à sua empresa. Acabou sendo condenado à prisão em 1893. A sentença, porém, foi revista logo em seguida. Lesseps morreu no ano seguinte, aos 89 anos, sem ver o Canal do Panamá concluído.

O canal seco não é o primeiro projeto de via alternativa ao Canal do Panamá. A Nicarágua, a Guatemala, a Costa Rica e a própria Colômbia já estudaram a construção de ferrovias interoceânicas, mas todos os planos acabaram engavetados por falta de dinheiro. O novo projeto não deverá ter o mesmo fim, porque o financiamento sairá dos polpudos cofres chineses. Uma nova via de ligação entre o Atlântico e o Pacífico será bem-vinda para o comércio internacional. A hidrovia panamenha se encontra à beira da saturação. Embora funcione nos 365 dias do ano, dia e noite, sempre há filas de navios nas duas entradas. Além disso, o canal só comporta embarcações do chamado porte Panamax (até 294 metros de comprimento por 32 metros de largura). Esse era o tamanho ideal para os navios mercantes no início do século passado, mas acabou ficando pequeno com o passar do tempo. As embarcações de porte pós-Panamax (a partir de 366 por 49 metros) não cabem nas eclusas. Ir de uma costa à outra do Panamá dando a volta pela América do Sul leva 33 dias. Através do canal, somente nove horas. Estima-se que, no fim deste ano, 37% da carga mundial transportada por via marítima estará em navios que não podem entrar no canal.

Neste momento, o Panamá está investindo 5,25 bilhões de dólares para ampliar o canal. A ideia é que em 2014, nas comemorações de seu centenário, as obras estejam prontas e a hidrovia permita as primeiras travessias dos navios pós-Panamax. A ampliação, porém, não resolverá por completo o congestionamento do canal. O que vai aumentar é o tamanho dos navios que poderão atravessá-lo, e não a quantidade de embarcações. Ou seja, continuará havendo filas. O pedágio sofrerá reajustes anuais de 3,5% até 2034 para custear a reforma. Esses aumentos constantes poderão espantar parte da freguesia. Hoje em dia, um navio chega a desembolsar 325 000 dólares para cruzar o canal, sem contar as taxas de reserva e o uso de rebocadores. O canal seco, superadas as enormes dificuldades envolvidas em sua construção, se tornará uma alternativa.

http://veja.abril.com.br/160311/epopeia-segundo-canal-p-098.shtml


QUEM LEMBRA DO ATARI?

Muitos conhecem aquele video-game , da marca ATARI, apenas daquelas apresentações em power point que recebemos por email, onde aparecem aqueles saudasos brinquedos dos anos 1980, 1990… o brinquedo já está ultrapassado, mas chamo atenção ao empreendor e criador desta marca. E isso, faz parte da idéia central de internacionalizar sempre uma empresa, e sempre de novo… isso é cultura empreendedora.

confira !

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A trajetória do fundador da Atari

Nolan Bushnell empregou Steve Jobs, construiu robôs e praticamente inventou a atitude do jovem gênio empresarial atrevido. Entre as 20 companhias que abriu, ele também levou alguns tombos. Mas o que todo mundo quer saber é: qual será a próxima novidade? Ele não para de ter ideias e quer entrar novamente no jogo dos grandes negócios
Por Max Chafkin

O sorriso seco de Nolan Bushnell, 66 anos, demonstra autoconfiança. Ele fundou a Atari em 1972, quando os jovens de 20 anos não criavam grandes empresas ambiciosas, e a vendeu quatro anos depois, por US$ 28 milhões. Foi Bushnell quem deu a Steve Jobs o seu primeiro emprego de verdade, como engenheiro da Atari, ajudando a abrir caminho para a Apple Computer e uma geração de companhias do Vale do Silício. Fundou depois outros 20 negócios próprios. E continua fazendo isso hoje. Dirige uma rede de restaurantes high-tech chamada uWink: os clientes pedem a comida e jogam videogames usando telas que funcionam com o toque dos dedos na mesa. A Paramount anunciou recentemente que produzirá um filme baseado em sua vida — e que deverá ser estrelado por Leonardo DiCaprio. Bushnell acredita que os robôs terão um papel central em nosso dia a dia dentro de 20 anos. Em seu escritório, ele mantém um androide bege chamado Topo. O robô não funciona mais. Na verdade, ele nunca funcionou. “Se um computador entra em pane, nada quebra”, Bushnell observa. “Mas, quando um robô enlouquece, é um desastre.”

Topo custou mais de US$ 20 milhões e acabou com a maior parte de uma enorme fortuna pessoal. Ele mudou-se de uma mansão de US$ 6 milhões em Woodside, Califórnia, para uma casa modesta em Los Angeles; deixou de ter seu próprio Learjet e passou a pagar passagem na Southwest Airlines. Bushnell mantém Topo por perto para se lembrar de que os negócios são uma luta e que a luta faz parte do que torna a vida empreendedora divertida. “Há algumas partes chatas em dirigir uma empresa”, diz. “Mas, ao mesmo tempo, é bacana criar coisas.”

Até onde pode se lembrar, Bushnell sempre foi empresário. Aos 10 anos, descobriu como trocar o tubo quebrado da televisão de seus pais. Impressionados, eles deixaram que o menino fosse de porta em porta exibindo aos vizinhos sua habilidade de técnico de TV. Na época, um televisor custava mais que o salário mensal da maioria das famílias — e não era o tipo de coisa que se costumava confiar a uma criança. Por isso, Bushnell estabeleceu um valor baixo pelo serviço — apenas US$ 0,50 para abrir uma TV, comparado ao preço regular de US$ 5 — e fazia sua margem nas peças. “Eu cobrava o diabo pelos tubos”, afirma. “Conseguia ganhar US$ 15 em uma hora.”

Em 1970, depois de se formar pela Universidade de Utah e de trabalhar um breve período em uma empresa de eletrônica no Vale do Silício, Bushnell estabeleceu o plano de fazer videogames melhores. Na época, o sucesso não parecia garantido. Os videogames eram populares entre fanáticos por computador nas universidades e parques de pesquisa das empresas, mas eram desconhecidos para a maioria das pessoas. “Nolan começou quando nada sugeria que jogos para televisão poderiam gerar toda uma indústria”, diz Steve Wozniak, cofundador, com Steve Jobs, da Apple Computer. O primeiro produto de Bushnell era baseado em uma simulação de nave espacial da universidade MIT, em que dois jogadores poderiam disparar mísseis um contra o outro. Ele o chamou de Computer Space e o licenciou para a Nutting Associates, uma empresa de jogos em Mountain View, na Califórnia. Foi o primeiro videogame comercial.

“Não consigo imaginar o mundo sem robôs. Eu apenas quero que o futuro aconteça mais depressa. Para isso, o jeito é inventá-lo”

O Computer Space vendeu razoavelmente bem — Bushnell recebeu US$ 150 mil em royalties em 1971 —, mas não tanto quanto esperava. “Deveria ter sido três ou quatro vezes esse valor”, diz. Ele tirou duas conclusões do primeiro lançamento. A primeira foi que os videogames precisavam ser mais simples. Controlar a aceleração e a rotação de uma nave espacial mostrou-se tarefa complicada demais. A segunda é que ele estava qualificado para iniciar seu próprio negócio. “Acho que um dos motivos pelos quais o Vale do Silício cria tantos empresários é que você trabalha ao lado de alguém que criou uma companhia e diz para si mesmo: ‘Esse cara foi um sucesso e ele é um idiota’”, diz Bushnell.

Ele lançou a Atari — o nome da empresa se referia a um movimento no jogo de tabuleiro japonês, Go — com um amigo e sua renda do Computer Space. Seu primeiro jogo, o Pong, podia ser imediatamente compreensível para qualquer um com mais de 3 anos. Bushnell vendeu-o para distribuidores de fliperama e em uma edição doméstica nas lojas Sears. Em 1976, a Atari registrava US$ 40 milhões em vendas anuais. Bushnell queria abrir o capital da companhia, mas, temendo que os investidores não soubessem o que fazer com a empresa, aceitou uma oferta de aquisição da Warner Communications. Era suficiente. Os videogames tinham chegado e o pai dos videogames havia se tornado o herói de um grupo crescente de ambiciosos empreendedores.

Hoje não nos surpreendemos quando conhecemos empresários de enorme sucesso que são jovens, conhecedores de tecnologia e arrogantes. Mas nem sempre foi assim. Em 1976, a própria concepção de uma empresa novata de rápido crescimento — para não falar na ideia de um fundador playboy de 33 anos, muito inteligente e fumando cachimbo — era novidade. “Acreditava-se que uma companhia não deveria tentar crescer mais de 20% ao ano”, diz Trip Hawkins, que fundou a gigante dos videogames Electronic Arts e hoje dirige a empresa de jogos Digital Chocolate. “Nolan é o cara que abriu caminho para mim, mostrando que era possível ter sucesso e criar muito valor rapidamente.”

O que admiradores como Hawkins não puderam ver foi a trepidação de Bushnell enquanto construiu a Atari. “Eu me sentia absolutamente só”, lembra Bushnell. Ele contratou e demitiu três presidentes sucessivos. “Eu dizia para mim mesmo: ‘Posso estar estragando as coisas, mas não tanto quanto esses caras’.” Para compensar sua falta de experiência, ele mostrava uma autoconfiança ilimitada e gastava dinheiro selvagemente. Uma reportagem na Time em 1977, intitulada “Os novos-ricos quentes”, descrevia o iate de Bushnell, seu Mercedes, sua propriedade de seis hectares, seu chalé de esqui nas montanhas e seu apetite sexual. “Eu tenho telefones em várias cidades”, ele se gabou para o repórter.

Bushnell, na época em que iniciou o fracassado projeto do andróide Topo. Ele ainda matém o robô em seu escritório para se lembrar de que os negócios são uma luta

Bushnell agia como se não se importasse muito com os negócios, mas era impossível negar seu sucesso. “De repente não havia problema em ter um rabo de cavalo no comando de uma empresa”, diz Hawkins. “Nolan tocou o espírito de muita gente que sonhava com a conexão entre habilidades técnicas e entretenimento”, afirma Wozniak. “Ele inspirou muito do que veio depois.” É tentador traçar um paralelo com os grandes empresários dos 30 anos seguintes: Marc Andreessen da Netscape, em 1996, descalço na capa da Time, ou Mark Zuckerberg, do Facebook, que em 2005 distribuía cartões de visita que diziam “Sou presidente… bitch”.

Bushnell sempre disse que sua empresa era um jogo. Na verdade, quase qualquer atividade para Bushnell é um jogo, um fato que aprendi quando praticamente ficamos sem gasolina na estrada 101, perto de Los Angeles. Íamos de um de seus restaurantes para o escritório, e Bushnell, sob as objeções de sua mulher, Nancy, tentava ver se conseguia percorrer 800 quilômetros com um tanque cheio em seu carro elétrico Prius. A cerca de oito quilômetros de nosso destino, o carro engasgou; Bushnell desviou para a pista da direita e rastejamos movidos a bateria até um posto de gasolina. Conseguimos — por pouco —, e Bushnell ficou contente. “Quantos quilômetros seu carro faz, Nancy?”, ele perguntou à mulher, que respondeu com um sorriso cansado, como se tivesse ouvido a brincadeira vezes demais.

Quando não está forçando os limites de seu Prius, Bushnell joga xadrez. A qualquer momento ele abre uma dúzia de jogos em seu iPhone. Depois de criar a Atari, ele inventou um negócio maluco: a pizzaria Chuck E. Cheese’s. Bushnell imaginou que os jogos que ele vinha comercializando para bares, boliches e salões de bilhar precisavam de um local que fosse mais limpo, seguro e divertido. A Chuck E. Cheese’s oferecia um grande fliperama onde os pais podiam deixar seus filhos jogando e desfrutar de uma diversão adulta — o lugar servia vinho e cerveja. Depois de dar uma olhada nessa estranha experiência, a Warner fez a única coisa sensata: mandou que Bushnell a fechasse. “Eles acharam que era a ideia mais imbecil de todos os tempos”, lembra. Bushnell protestou e a Warner lhe vendeu o controle da Chuck E. Cheese’s por US$ 500 mil. “Todo mundo acredita em inovação até que ela chega”, diz Bushnell. “Então eles pensam: ‘Não, isso não vai dar certo. É diferente demais’.”

Nolan Bushnell empregou Steve Jobs, construiu robôs e praticamente inventou a atitude do jovem gênio empresarial atrevido. Entre as 20 companhias que abriu, ele também levou alguns tombos. Mas o que todo mundo quer saber é: qual será a próxima novidade? Ele não para de ter ideias e quer entrar novamente no jogo dos grandes negócios
Por Max Chafkin

“Todos acreditam em inovação até que ela chega. Então pensam: ‘Não, isso não vai dar certo. É diferente demais'”

De 1979 até 1984 a Chuck E. Cheese’s cresceu de maneira explosiva — embora nem sempre rentável. A companhia esteve duas vezes na lista da revista norte-americana Inc. das cem empresas de capital aberto de crescimento mais rápido. Abriu centenas de lojas em todos os EUA. Em 1983, Bushnell começou a se preparar para um confronto com a Atari: lançou uma divisão de videogames chamada Sente — o único movimento no Go que vence um Atari — e prometeu que seria novamente o rei dos jogos. Ele lançou uma incubadora chamada Catalyst Technologies. Comprou um barco a vela ainda maior — e o pilotou, chegando em quarto lugar na Regata Transpacífico em 1983 — e viajava de jato entre suas casas em Woodside, Aspen e Paris. Estava no topo do mundo.

Nessa altura, algum tipo de queda seria inevitável. Mas ainda é difícil não se surpreender quando se visita Nolan Bushnell hoje e se descobre essa lenda empresarial em circunstâncias tão modestas, trabalhando em um pequeno escritório em um bairro pobre de Los Angeles enquanto tenta recuperar sua abalada rede de restaurantes. Não há nem mesmo uma recepção para atender os visitantes — apenas uma oficina lotada de equipamentos de informática. Bushnell parece tirar prazer dessa pobreza comparativa, gabando-se da dependência de sua empresa do trabalho familiar — quatro de seus oito filhos e sua mulher trabalham na uWink. “Acredito muito no nepotismo”, ele diz, antes de apresentar a sua definição do conceito: “Você diz para seus filhos que eles têm de vir trabalhar, trata-os mal e não lhes paga muito porque é bom para a família”.

É claro que Bushnell poderia ter protegido seu dinheiro e sua reputação. Poderia ter escrito livros ou se tornado um investidor de risco, ou ainda entrado para o circuito de palestras. Em outras palavras, poderia ter parado de ser um empreendedor. Em vez disso, lançou uma série de novas empresas, misturando criatividade e um tipo de livre pensamento que, às vezes, parecia próximo da insanidade. Houve a Etak, que fez o primeiro sistema de navegação para carros, precursor da moderna navegação por GPS (foi vendida para Rupert Murdoch por US$ 50 milhões em 1989). E também a Axlon, que criou um brinquedo de pelúcia falante chamado A.G. Bear, e vendeu US$ 15 milhões deles em 1985.

Mas a ideia mais louca certamente foi o plano quixotesco de levar robôs para a casa das pessoas. Bushnell fundou a Androbot em 1982 com a promessa de que, por alguns milhares de dólares, ele poderia lhe vender um companheiro robótico — que conversaria com você, brincaria de esconde-esconde com seus filhos, vigiaria a casa e talvez pegasse uma cerveja na geladeira. Bushnell financiou a empresa com seu próprio dinheiro, lançou-a na feira Consumer Electronics em Las Vegas, em 1983, e disse ao mundo que logo abriria seu capital. Seis meses depois, o mercado de ações tecnológicas despencou e o banco Merrill Lynch cancelou a oferta pública da Androbot. Isso deixou Bushnell devendo cerca de US$ 5 milhões em empréstimos, tomados com a garantia de suas ações na Chuck E. Cheese’s. A rede de pizzarias, que vinha dando prejuízo em seu fervor expansionista, se viu incapaz de levantar mais capital. A Chuck E. Cheese’s até que saiu intacta — hoje é uma empresa de US$ 800 milhões com 500 lojas —, mas as finanças de Bushnell, não. Ele teve de continuar se endividando para manter a Androbot viva, e quando tudo terminou, em 1985, ele devia à Merrill Lynch US$ 23 milhões, que passaria a década seguinte tentando pagar.

UMA VIDA EM JOGO

GANHOS…
Bushnell criou a Atari (videogames), a Etak (que fez o primeiro sistema de navegação para carros) e a Axlon (fabricante de um urso de pelúcia falante)

… E PERDAS
A Androbot, que fabricaria robôs, deixou Bushnell com uma dívida de US$ 5 milhões e fez com que vendesse sua mansão de US$ 6 milhões e seu jato Learjet

Os ganhos da Etak e da Axlon livraram Bushnell da maior parte da dívida, mas a disputa legal continuou. O Merrill Lynch o processou por causa de uma nota promissória de US$ 500 mil em 1995. Ele contraprocessou, argumentando que o Merrill Lynch fora parcialmente culpado pela ruína da Androbot. Com o processo, não conseguia mais se dedicar aos negócios. “Eu perdi totalmente a bolha das pontocom”, diz. Em 1998, Bushnell vendeu sua casa e usou o dinheiro para saldar a dívida com o Merrill Lynch. “Poderíamos ter continuado lutando, mas a vida é muito curta”, diz Nancy. Bushnell estava pronto para começar novas empresas.

Duas semanas depois, estou sentado com os Bushnell em seu escritório. Nancy sugere que não falemos muito mais sobre os anos difíceis, mas não dá para evitar a Androbot quando se está sentado no mesmo nível de um androide de 1 metro de altura. A conversa inevitavelmente desvia para os robôs. “Eu os adoro, mas não tenho autorização para construí-los”, diz Bushnell olhando para sua mulher. “Nancy me colocou em um programa antirrobôs de 12 passos.” Eu pergunto quantas empresas de robôs já fundou. “Duas”, ele diz. “Só duas?”, pergunto. Ele hesita: “Bem, três”. “E o ursinho falante?”, questiono. “Oh. Essa também foi perigosamente perto.” (Na verdade, o número é quatro ou cinco).

Nancy pede desculpas e sai de perto, parecendo incomodada. Eu começo a fazer outra pergunta, mas Bushnell me interrompe. “Eu apenas quero que o futuro aconteça mais depressa”, ele diz, sem respirar. Como isso ocorre na ausência de Nancy, parece quase uma confissão. “Não posso imaginar o futuro sem robôs”, acrescenta, antes de citar o pioneiro cientista da computação, Alan Kay, que certa vez disse: “A melhor maneira de prever o futuro é inventá-lo”.

Bushnell continua: “Eu realmente acho que a tecnologia está aqui…” ele diminui a voz e vira o pescoço para o corredor para ver se a área está limpa. “Ela saiu da sala agora, mas eu adoraria tentar de novo”, diz. Eu não menciono os planos de Bushnell quando Nancy volta. Em vez disso, pergunto-lhe se o jogo ainda é divertido depois de tantos anos. “Claro que sim”, ele diz. “Sempre.”

Fonte: http://revistapegn.globo.com/Revista/Common/0,,EMI119950-17171-1,00-A+TRAJETORIA+DO+FUNDADOR+DA+ATARI.html


LEILA NAVARRO EM SUAS VIAGENS E CULTURA INTERNACIONAL

Quem já teve a oportunidade de ver Leila Navarro em uma palestra não pode negar a forma surpreendente que ela aborda seus temas. Em recente relato de suas viagens, ela traz símbolos importantes quando se pensa em cultura internacional… veja: : )
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http://www.leilanavarro.com.br/blog/2011/01/contemplacao-e-memoria/

Contemplação e memória

Adoro quando caio do cavalo, hehehe… pois é uma grande oportunidade de aprender.
Estar em um país aonde a cultura é totalmente diferente da nossa é um grande exercício para qualquer pessoa.
Costumo me perceber mais consciente e regredida nestas ocasiões. Mais consciente no sentido de sair da zona de conforto, de sair do automático, pois afinal aqui na Ásia (Índia, Nepal e Butão) a mão é como na Inglaterra, os carros vão pela esquerda, só isso já bastaria para me deixar bem atenta ao atravessar e caminhar pelas ruas, etc…
Mas aqui o idioma e a escrita são totalmente diferentes, quase sânscritos, hehehe… muitas poucas placas em inglês, então os avisos nas ruas, as propagandas, etc.. não as entendo, o que além de eu ter que estar mais alerta, fico regredida, pareço uma criança que ainda não sabe ler, pergunto tudo e muitas vezes continuo sem entender nada, hehehe…
Por exemplo: a comida. É fantástico! Por mais que pergunte, é sempre uma surpresa quando o garçom traz o prato, nunca chega o que pensei que pedi, hehehe… e quando se prova nem sempre identifico. Então, saboreio e aproveito essa nova experiência, em todos os sentidos, inclusive o gustativo.
Como sou veterana, aprendi que quando se viaja para outras culturas é importante deixar as criticas e as comparações de lado, se abrir ao novo como uma criança para poder tirar o maior proveito da viagem.
Me considero uma expert nisso, uma exploradora, uma buscadora, uma pesquisadora, uma poderosa, hehehe…
Então ai vai o tombo:
Estava em um restaurante e chega a entrada, um pão indiano e duas pequenas porções de patê, uma vermelha e outra verde. Como aqui tudo é muito picante, provei primeiro o verde e com cuidado… achei um sabor agradável, e com sede de aprender perguntei ao garçom:- O que é isso ?
E ele respondeu:- Ervilha.
Eu adoro ervilha, mas não tinha identificado, provei novamente e ahhhhhhhhhhhh!!! E R V I L H A, me senti em casa , que delícia, eram ervilhas, simplesmente ervilhas, me senti na mesa com minha mãe, hehehe… me veio um flash da minha infância, minha mãe dizendo:- Come, é gostoso!!! hum!!!

O que aconteceu? Como o paladar da mesma porção mudou?
Porque gostei mais na segunda vez que na primeira? O que havia de diferente?

Já me aconteceu uma outra vez algo parecido. Estava no Japão provando um arroz com peixe, delicioso, quando o nosso instrutor revela que aquele peixe delicioso era “enguia”. Imediatamente mudou o gosto da comida, não consegui mais comer, ficou horrível e insuportável… como pode?
Pois eu respondo:- Jamais eu comeria cobra ou lesma, e se não comeria nenhuma das duas sozinhas que dirá juntas, pois enguia para mim é a soma das duas, hehehe…

Mas como explicar isso? Como em questão de segundos pode mudar o paladar de uma mesma porção?

Memória emocional, memória afetiva, memória gustativa, memórias…

Nascemos uma folha em branco, somos nesse momento apsicológicos, ahistóricos, abiologicos, aculturais, mas no momento seguinte já começamos a criar uma história de acordo com nossa etnia, gênero, cultura, valores, etc… dependendo do ambiente aonde nascemos e vivemos.

Portanto queridos amigos para sermos neutros, para exercermos o “não julgar”, para estarmos realmente abertos a aprender, a vivenciar novas experiências precisamos estar muito atentos, muito alertas e plenamente conscientes.

Precisamos aprender a nos desapegar de nossas memórias emocionais, precisamos aprender a legitimar o outro como um legítimo outro e cada momento como único e presente. Em meu entendimento este é o caminho da contemplação.

Por isso se é verdade que existe varias encarnações como se acredita por aqui, Deus zera nossa memória antes de reencarnarmos senão limitaríamos totalmente a oportunidade de aprendermos e evoluirmos espiritualmente em nossas novas vidas, hehehe… .

Comecei a exercitar a contemplação, simplesmente estar, usufruir, sem concluir, sem julgar, sem comparar.
Não é fácil, é um aprendizado, é um desafio.
É manter-se alerta.
É uma pratica de auto regulação.
Que tal desafiar-se e fazer parte dos que exercitam o “não julgar”?


GOOGLE TRENDS

Quem conhece o google?
Pergunta que não é difícil responder, mas cabe também saber analisar algumas ferramentas relacionadas ao maior buscador da internet, que podem ser úteis em vários momentos.
Cito agora o Google Trends. Tem a finalidade de comparar os termos de busca que são utilizados , ou seja, quer organizar o site da sua empresa com palavras que são mais conhecidas ? coloque ambas no buscador que o Google Trends demonstra as estatísticas… confira o exemplo abaixo.

Link: http://www.google.com/trends?q=&ctab=0&geo=all&date=all&sort=0